Por: Jorge Eduardo Magalhães
Naquela mesma semana, recebi um telefonema de Cardoso e logo o parabenizei por ter desmascarado o falso assassino e constatado que o Anjo Epistolar estava certo em suas declarações.
– Agora você está sozinho. – respondeu-me Cardoso.
– Sozinho? Como assim?
– Você não tem mais a mim para te proteger.
– Por que está me dizendo isso?
– O desmascaramento do falso assassino me custou uma transferência para Itaperuna. O Titular foi para Miracema.
– Você deveria ser premiado, desvendou um caso.
– Pois é. Os poderosos tinham interesse de que aquele pobre coitado assumisse a culpa.
– Mas por quê?
– Um dos motivos é que não queriam que o Anjo Epistolar estivesse certo, mas acredito que exista algo mais podre em tudo isso.
– É algo intrigante.
– Sim. Por isso, tomem cuidado, não estarei mais por aqui e, em breve, virá a público quem está por trás do Patrulha Carioca.
– Você acha que corro algum risco?
– É sempre bom tomar cuidado.
Agradeci ao Cardoso pelo aviso e lhe desejei boa sorte no novo local de trabalho.
Confesso que fiquei aliviado ao achar que o Anjo Epistolar fosse um farsante e pudesse usar aquilo como pretexto para renovar minha vida, mas me via a retomar à estrutura do jornal e a publicar suas epístolas. Aliás, ao abrir minha caixa de mensagens, verifiquei que havia recebido a “Décima-Quinta Epístola”
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Cada vez mais tenso! Se eu fosse ele, sumia…