Por: Jorge Eduardo Magalhães
As pessoas ainda não faziam ideia do porquê de o Anjo Epistolar utilizar Gervásio como instrumento para assassinar os Junqueira Porto. Confesso que também estava curioso para o desfecho desse caso, tendo em vista que não existia um motivo aparente para tal atitude, pois nunca havia ouvido falar sobre nada que desabonasse a conduta do casal de médicos.
A última epístola ainda provocou um questionamento maior acerca da competência da Polícia do Rio de Janeiro, devido ao fato de a população não saber nada sobre a tal Bendita; isso deixou nas entrelinhas que até a própria Polícia desconhecia. Contudo, o Secretário de Segurança se saiu bem, dizendo que as investigações estavam, até então, sendo mantidas em sigilo para não causar alarde nem estimular novos possíveis usuários.
Uma notícia me abalou: constatei as palavras de Cardoso sobre o que estava por trás de desmentir o Anjo Epistolar em relação ao assassino dos Junqueira Porto. Logo soube que o falso assassino dos médicos havia amanhecido morto por enforcamento em sua cela.
A perícia constatou que havia sido suicídio, mas essa teoria não foi convincente, tendo em vista que ele não parecia deprimido em seus depoimentos, pois ser preso, para ele, era algo rotineiro. Tudo dava a entender que sua morte fora uma queima de arquivo por alguém que não queria que falasse ou quem lhe pagou para confessar um crime que não havia cometido.
Obviamente, mesmo temeroso e com vontade de largar tudo, explorei o suposto e suspeito suicídio no Patrulha Carioca. Para incrementar mais a notícia da semana, recebi mais uma epístola, o que foi muito conveniente para mim ou, melhor dizendo: para o jornal.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Muito bom o desenrolar dessa trama!