Por: Jorge Eduardo Magalhães
Estava me sentindo aliviado por ter me livrado de Lisa. Apesar de me satisfazer sexualmente e aliviar a falta que eu sentia de minha mulher, sua presença me incomodava, sua semelhança com minha esposa me dava a impressão de que estava diante de um fantasma. Ainda havia o fato de que parecia esconder algum mistério.
Havia sinais de que seria um recomeço, uma provável vida nova. Retornei às minhas caminhadas no Aterro do Flamengo e a ter uma alimentação saudável; dormia bem, com um sono tranquilo; não me sentia mais ameaçado como no tempo em que Lisa vivia comigo.
Estava decidido a ir para bem longe assim que publicasse a última epístola. Claro que, devido ao fato de o jornal ser virtual, em tese, poderia publicá-lo, vivendo em qualquer local; todavia, era preciso ficar perto das notícias e não deixar pistas para que ninguém me rastreasse.
Após a última epístola, abandonaria para sempre o Patrulha Carioca e abandonaria qualquer coisa caso precisassem me encontrar, mudaria meu número de celular, meu e-mail e viveria bem longe do Rio de Janeiro. O jornal me dera uma estabilidade econômica e seria possível viver de rendas por um bom tempo.
Não queria mais encontrar nenhum conhecido e, talvez, nunca mais retornasse ao Rio de Janeiro. Viveria no anonimato, com paz e tranquilidade. Ainda estava pesquisando o estado e a cidade em que viveria, com uma boa qualidade de vida, evitando qualquer tipo de aborrecimento. Era o momento de, finalmente, ter paz.
Depois da caminhada, resolvi trabalhar. Liguei o computador para conferir a caixa de e-mail e lá estava a “Décima-Sétima Epístola”. Uma verdadeira bomba.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Está ficando mais perigoso. Eu já teria largado tudo!