Por: Jorge Eduardo Magalhães
Logo após essa epístola bombástica, surgiu um esperado alvoroço, principalmente, por parte da família Junqueira Porto e de grande parcela da alta-sociedade, pois o clínica do casal era frequentada por artistas e celebridades, e muitos desses haviam pousado nas colunas sociais ao lado de Paulo Alberto e Ana Flávia.
Muitos alegaram calúnia e difamação, inclusive argumentando que Paulo Alberto, desde criança, sempre fora muito católico, fizera primeira comunhão, crisma e que os dois se casaram na igreja. Os jornais de grande circulação postaram fotos de Paulo Alberto, ainda menino, em sua primeira comunhão. Até a empregada da família, que vira Paulo Alberto crescer, dissera que o “Paulinho era um menino maravilhoso e que aquele maluco que o matou é que tinha inveja”.
Embora estivesse apavorado com a polêmica, publiquei no jornal uma matéria com o título “Quem está falando a verdade?”, pondo em confronto a versão do Anjo Epistolar com a dos amigos e parentes, que foi um verdadeiro sucesso, estimulando à interação dos leitores.
Como já esperava, novamente, fui chamado para depor. Como os familiares da vítima estavam revoltados, fizeram com que eu entrasse na delegacia em sigilo para não ter surpresas desagradáveis. Foi mais tranquilo do que eu imaginava. Mais uma vez me coloquei à disposição da polícia para as investigações para descobrir a identidade do Anjo Epistolar.
Sabia que a polícia não descobriria. O Anjo Epistolar era muito astuto se utilizava de algum artifício para que não conseguissem rastrear seu computador ou seus computadores.
O jornal era um sucesso e minha vida, apavorante.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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Está muito comprometido e não tem como fugir.