Por: Jorge Eduardo Magalhães
Passou o tempo de praxe em que o Anjo Epistolar enviava suas epístolas e comecei a ficar apreensivo. Naquela semana, que seria a última, encerrando a coluna, nenhuma mensagem. Passaram mais duas semanas e nada, que gerou protesto e reclamações por parte dos leitores.
Procurava responder ao maior número de mensagens, justificando que o Anjo Epistolar ainda não havia enviado sua última epístola, mesmo assim, a chuva de reclamações continuava, inclusive, com ameaça por parte de muitos leitores de cancelarem suas assinaturas.
Para tentar amenizar a mais do que justa indignação dos leitores, postei, no espaço reservado à coluna do Anjo Epistolar, que lamentava não ter publicado a última epístola, mas estava esperando recebê-la, desculpando-me pela demora e agradecendo a compreensão.
Assim como os leitores do Patrulha Carioca, por uma motivação diferente, também estava ansioso pare receber a última epístola e encerrar imediatamente minhas atividades no jornal. Aliás, o recomeço de uma nova vida dependia dessa última mensagem do Anjo Epistolar.
Chegava à conclusão de que o maior motivo de todo esse sucesso do Patrulha Carioca era a coluna do Anjo Epistolar. Tinha convicção de que, assim que a coluna se encerrasse, as pessoas começariam a perder o interesse pelo jornal e não seria difícil tirá-lo do ar. Até pensei em não renovar as assinaturas para o próximo mês e ir me livrando aos poucos.
Fui dar uma olhada na caixa de e-mail do jornal e lá estava a “Última Epístola”. Não acreditei no que estava lendo.
NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.
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E agora? Será a vez dele ser acusado? Suspense!👏👏👏👏👏