Por: Jorge Eduardo Magalhães
Foi uma desagradável surpresa. Alguém me segurou por trás e outra pessoa colocou um capuz em meu rosto. Parecia ser cerca de três ou quatro homens que me agrediram com socos e pontapés.
– Aonde você pensa que vai? Não adianta fugir que vamos te encontrar seja onde for.
Continuaram me agredindo. Caí no chão.
– Publica a epístola o mais rápido possível.
– De preferência hoje. – disse um terceiro.
Apenas escutei porta de carro batendo e barulho de pneu cantando. Fiquei algum tempo caído. Tirei o capuz, populares me cercaram, inclusive o porteiro do prédio, que me ajudou a levantar.
– O senhor está bem?
– Sim – respondi me levantando.
O porteiro perguntou:
– Eles levaram alguma coisa?
Fiz que não com a cabeça. Algumas pessoas ainda queiram me levar ao hospital e à delegacia, mas disse que não precisava e que estava bem. Na verdade, não estava tão machucado, apenas dolorido devido à breve agressão. O pior de tudo era a dor que sentia na alma.
O porteiro me ajudou a entrar no prédio e a no meu apartamento. Novamente perguntou se eu queria que chamasse um médico. Agradeci e disse que não precisava. Despediu-se de mim e voltou para a portaria. Tive vontade de pedir para que ficasse, estava com muito medo.
Fiquei durante quase dez minutos esparramado no sofá, tentando colocar minhas ideias no lugar. Não sabia o que fazer. Precisava encontrar uma saída para aquela rede de intrigas na qual havia me envolvido.
Levantei-me e liguei o computador. Li e reli a Última Epístola. Não poderia publicá-la. Seria o meu fim.
NÃO PERCAM O ANTEPENÚLTIMO CAPÍTULO.
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Adquiram meu livro UMA JANELA PARA EUCLIDES
editorapatua.com.br/uma-janela-para-euclides-dramaturgia-de-jorge-eduardo-magalhaes/p
Mas ninguém sabe a identidade dele. Pode publicar e fugir.
Utilize uma metáfora para o jornalista do patrulha carioca. Esse Anjo deu corda para o jornalista se enforcar! Viu aguardar cenas do próximo capítulo!