Por: Jorge Eduardo Magalhães
Meu Deus! Por que fiz isso? Apertei o pescoço da menina! Era uma criança! Se alguém descobrir estou perdido! Por que fiz isso? Sentia uma paixão por ela, uma atração que eu não conseguia controlar.
Consegui atraí-la com doces e balas, veio comigo até esse barraco no meio do mato. Só queria acariciá-la, tocar em suas partes, mas esse pescocinho tão novo, tão sedoso, não resisti. O desejo foi maior. Tive que apertá-lo. Foi uma cena linda! Ela, desesperadamente, ficou debatendo as mãos e as pernas, a virar os olhos, até parar e ficar totalmente estática. Amava esta menina, amava seu pescocinho. Tenho que parar com isso, um dia posso ser pego. A culpa foi da mãe, quem manda ela deixar criança na rua o dia inteiro? Já está ficando tarde, tenho que me livrar de deste corpo antes que alguém sinta falta da menina.
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