Por: Jorge Eduardo Magalhães
Na sala de espera do hospital aguarda ser chamado para pegar o resultado do exame. Faz quase um ano que parara naquele bar e trocara olhares com aquela linda e jovem mulher. Trocaram sorrisos. Aproximou-se da sua mesa e, depois de uma breve apresentação, trocaram algumas palavras e foram para o motel. Esquecera de perguntar o seu nome.
Tiveram uma noite de amor ardente e a intensidade foi tamanha que esqueceu de se proteger. Adormeceu abraçado com a desconhecida e quando acordou ela tinha ido embora. No espelho do quarto estava escrito com batom vermelho “Você é mais uma vítima, agora também está contaminado”. Desesperado, voltou diversas vezes àquele bar, perguntou aos garçons, aos frequentadores, mas ninguém a tinha visto. Passou meses procurando alguma pista que o levasse à sua algoz, mas nada.
Finalmente criara coragem de fazer o exame. Sente um calafrio no corpo, será que pela doença ou pelo nervosismo? Tem a esperança de que ela só lhe quisesse dar um susto. Seu nome é chamado. Dirige-se até a sala. O médico está com o exame na mão. Apreensivo torce para que tudo não passe de um equívoco.
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