A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta quinta-feira (12), uma resolução que exige um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, além da libertação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. O texto, introduzido pela Espanha em parceria com o Estado da Palestina e outros 23 Estados-membros, recebeu 149 votos a favor, 12 contrários e 19 abstenções.
Condenação da Fome como Arma de Guerra e Críticas de Israel
A resolução condena veementemente o “uso da fome” como arma de guerra e solicita o fim do bloqueio humanitário imposto por Israel. Esta 10ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral foi retomada após o Conselho de Segurança ter rejeitado uma resolução similar em 4 de junho.
Antes da votação, o representante permanente do Estado Observador da Palestina, Riyad Mansour, enfatizou que Israel continua desrespeitando as resoluções da ONU e o direito internacional humanitário. Já Israel criticou a ausência de condenação ao Hamas no texto. O embaixador de Israel, Danny Danon, destacou a angústia dos 53 reféns israelenses ainda detidos e afirmou que “o Hamas não está interessado na paz e sim na perpetuação do terror”. Danon mencionou o cessar-fogo proposto por Catar, Egito e Estados Unidos, endossado por Israel, como o caminho a seguir, e declarou que o Hamas segue rejeitando o acordo.
O Embaixador da Espanha, Héctor José Gómez Hernández, salientou que o texto exige que todas as partes em conflito cumpram suas obrigações perante o direito internacional, enfatizando a necessidade de facilitar a entrada “plena, rápida, segura e desimpedida de assistência humanitária em grande escala em Gaza”, incluindo alimentos, material médico, combustível, abrigo e acesso a água potável.
No início da sessão, o presidente da Assembleia Geral, Philémon Yang, declarou que “os horrores em Gaza precisam terminar”.
Com informações de ONU News
Wagner Sales – editor de conteúdo
Foto: ONU/Eskinder Debebe