Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) deflagraram, nesta terça-feira (15/04), a “Operação Adolescência Segura”. O objetivo principal é desmantelar uma das maiores organizações criminosas do país especializada em crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Dois suspeitos foram presos e três adolescentes foram apreendidos.
O governador Cláudio Castro destacou que a Polícia Civil está utilizando inteligência e tecnologia para combater crimes no ambiente virtual, uma das maiores preocupações de pais e responsáveis. Ele ressaltou a importância de operações como esta e da atenção ao conteúdo consumido pelos jovens na internet.
Divulgação de pornografia
Entre os crimes investigados pela operação estão tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral.
As ações policiais estão ocorrendo em diversos estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, com o apoio do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Estão sendo cumpridos mandados de prisão temporária, de busca e apreensão, além de mandados de internação provisória de adolescentes infratores.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, enfatizou que a operação é resultado de uma investigação aprofundada que revelou o envolvimento de pessoas de vários estados na prática desses crimes. Ele garantiu que a Polícia Civil está empregando toda a tecnologia e ferramentas de inteligência disponíveis para enfrentar esses grupos criminosos.
As investigações tiveram início em fevereiro, após o ataque a um morador de rua em Jacarepaguá, que teve 70% do corpo queimado por um adolescente que lançou coquetéis molotov enquanto um homem filmava e transmitia a ação ao vivo em uma plataforma online.
A “Operação Adolescência Segura” representa um marco importante no combate à criminalidade digital no Brasil e reforça o compromisso da Polícia Civil com a proteção dos direitos fundamentais da infância e da juventude, conforme estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As investigações continuam em andamento para identificar os demais integrantes da organização criminosa.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo