Operação da Seap combate crime organizado no sistema prisional do Rio

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) realizou, nesta quarta-feira (19/02), a Operação Strangulatio. Trata-se de um conjunto de ações, definidas a partir do monitoramento da Subsecretaria de Inteligência e da Subsecretaria Operacional, com o objetivo de asfixiar as ações do crime organizado dentro do sistema prisional fluminense, principalmente no que diz respeito às movimentações das lideranças das principais facções do Rio de Janeiro. A ação desta quarta-feira, teve como alvo os Presídios Gabriel Ferreira Castilho, Benjamin de Moraes e Alfredo Trajan, e contou com o apoio da Secretaria Nacional de Política Penais (Senappen), que realizou o bloqueio móvel do sinal de telefonia de unidades elencadas pela Subsecretaria de Inteligência da Seap.

A Operação Strangulatio é mais uma das medidas que a Seap tem promovido, em alinhamento com a política de segurança pública do Governo do Estado, para combater as ações do crime organizado, no que tange às atividades ilícitas dentro do sistema prisional fluminense. As ações começaram na última sexta-feira (14/02). Até esta quarta-feira, já foram apreendidos 110 aparelhos celulares, 2,3 quilos de material supostamente entorpecente e 39 presos acabaram isolados.

– O Governo do Estado, sob o comando do Governador Cláudio Castro, vem atuando para asfixiar financeiramente o crime organizado e a reação das facções nas ruas mostrou que o trabalho vem dando resultado, elas acusaram o golpe. A Seap, por sua vez, vem trabalhando para desarticular a rede de comunicação desses grupos criminosos, por meio da Operação Chamada Encerrada, e agora realiza a Operação Strangulatio para puxar ainda mais a rédea curta com que vem controlando todo o sistema prisional – afirmou a Secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca Nebel.

A Operação Strangulatio é mais uma medida da Seap para combater atividades ilícitas dentro do sistema prisional fluminense. Nos últimos anos, a secretaria intensificou a fiscalização em todas as suas unidades. Para se ter uma ideia, de 2021 para 2024, o número de visitantes presos flagrados tentando ingressar com itens não permitidos aumentou 200% (de 24 para 72). Com eles foram apreendidos em suas partes íntimas, identificados através dos scanners corporais, cerca de 25 quilos de drogas. Além disso, apenas nos anos de 2023 e 2024, por meio da Operação Chamada Encerrada, a Seap apreendeu 16 mil aparelhos celulares (10 mil em 2024 e 6 mil em 2023, aproximadamente) nas portas de entrada e no interior das unidades prisionais.

– Nos presídios do Rio, preso que quiser continuar no crime não terá trégua. Esses números são resultado de um trabalho muito sério que a Seap vem realizando, que começa com o investimento em infraestrutura, passa pela transparência e inclui a capacitação de pessoal, e mostram que a Polícia Penal não vai parar de sufocar aqueles que insistem em querer fazer das prisões escritórios do crime – afirmou Nebel.

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo