Onze pessoas foram presas nessa quinta-feira (12/06), por policiais civis da 50ª DP (Itaguaí), acusadas de manter 62 pacientes em cárcere privado em uma comunidade terapêutica para dependentes químicos em Itaguaí.
Investigação Revelou Abusos e Condições Insalubres
As investigações tiveram início em outubro do ano passado, após os agentes analisarem as circunstâncias da morte de Carlos Alberto da Silva de Oliveira, um dos acolhidos no local, que deu entrada em um hospital da região com pneumonia. Durante a apuração, foram coletadas informações sobre os abusos praticados contra os pacientes internados na clínica, localizada no bairro Santa Cândida.
Ao cumprir um mandado de busca e apreensão, os policiais flagraram dois administradores e nove monitores mantendo os internos em cárcere privado. Segundo a Polícia Civil, os pacientes eram submetidos a condições insalubres e, em caso de tentativa de fuga, sofriam punições como privação de alimentos, restrição de visitas de familiares e, em alguns casos, agressões físicas. A operação contou com o apoio da Promotoria de Justiça da região.
Os detidos foram levados para a delegacia e autuados em flagrante por cárcere privado e associação criminosa. Não é a primeira vez que uma instituição de abrigo de pessoas é denunciada em Itaguaí. Em março deste ano, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve a interdição total da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) Recanto Esther, localizada em Itaguaí, região metropolitana do estado.
A decisão proferida pela Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Itaguaí determinou a transferência dos 30 idosos abrigados no local em até 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil por idoso não transferido. A ação civil pública foi movida pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Itaguaí.
Com informações de assessoria / CNN Brasil
Wagner Sales – editor de conteúdo
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