São Paulo (SP) – No Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado nesta terça-feira (2/4), um levantamento inédito da Fundação Seade revela que 57% da população declarou conhecer ou ter em sua residência alguém com Transtorno de Espectro Autista (TEA), dos quais 15% afirmaram que existe alguém diagnosticado em casa com essa condição.
A “Pesquisa de Percepção sobre o Transtorno de Espectro Autista do Estado de São Paulo” realizou, entre os dias 21 e 23 de março, 5.823 entrevistas com pessoas com idade a partir de 18 anos para captar a percepção do paulista sobre o assunto.
“Ao falar sobre o autismo, não apenas promovemos a compreensão e o respeito pelas diferenças, mas também destacamos a importância de apoiar e valorizar cada indivíduo em sua singularidade”, destaca o secretário de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcos da Costa.
O Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) é referência nacional na produção e disseminação de análises e estatísticas socioeconômicas e demográficas do Estado de São Paulo
Mãe cuidadora
Na pesquisa, entre os que afirmaram existir alguém com TEA em casa, 57% das pessoas autistas têm até 12 anos, 79% frequentam escola e 68% necessitam de cuidados especiais, sendo que a mãe é a principal cuidadora na maioria dos casos. Dentre os 67% que fazem algum tratamento ou terapia específica para autismo, apenas 1/3 usa exclusivamente serviços públicos.
“À medida que as informações sobre o TEA se tornam acessíveis ao público, as pessoas passam a reconhecer mais os sinais e as características, seja em si mesmas ou nos outros, o que contribui para uma sociedade mais inclusiva e solidária”, afirma Rosana Miguel, analista de pesquisa da Fundação Seade.
Em relação às características comportamentais das pessoas autistas, 92% dos paulistas declararam saber que os indivíduos dentro do espectro podem ter dificuldades de comunicação com outras pessoas e 87% têm conhecimento que elas podem ter sensibilidade aumentada à luz, ruído ou som.
Sobre o nível de conhecimento do autismo, 26% da população se declara bem informada e 16% pouco informada. Já a grande maioria dos paulistas (72%) considera a sociedade pouco informada sobre o tema.
Os entrevistados ainda sinalizaram que, entre as formas de inclusão das pessoas com autismo, 35% acreditam que a inclusão escolar e profissional está entre as melhores práticas, seguidos de 24% que consideram a garantia de direitos como a melhor estratégia, 21% que creem na sensibilização da sociedade e 12% na adaptação de ambientes.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo