PF investiga financiamento de atos de terrorismo envolvendo brasileiros

Brasília/DF. A Polícia Federal cumpriu nesta quinta-feira (08/08) mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte (MG) com o objetivo de buscar provas do financiamento dos atos de terrorismo investigados na Operação Trapiche, deflagrada inicialmente em 08/11/2023.

Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia (MG), Contagem (MG), São Paulo (SP) e Brasília (DF). A Justiça Federal determinou também o sequestro de valores e bloqueios de contas bancárias, bem como a suspensão da atividade econômica de empresas.

Imigrantes e refugiados

Nesta fase da investigação, denominada Operação Trapiche-FT, foi descoberto que o principal investigado, aproveitando-se da situação de vulnerabilidade de imigrantes e refugiados, utilizou dados pessoais para abrir contas bancárias e empresas por onde circularam recursos de origem ilícita.

As evidências reunidas no inquérito policial indicam que passagens aéreas utilizadas pelos brasileiros recrutados para viajarem ao exterior, onde foram entrevistados a fim de serem selecionados pela organização terrorista, foram financiadas com proventos do comércio ilícito de cigarros eletrônicos contrabandeados e vendidos em lojas de tabacarias no Brasil.

Foi constatado também que parte dos recursos com origem do contrabando era destinada a contas bancárias de empresas de fachada que fazem parte do bilionário esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro descoberto pela Operação Colossus, também deflagrada pela Polícia Federal.

Após uma sucessão de transferências entre contas de empresas de fachada, os recursos ilícitos foram convertidos em criptoativos e destinados a carteiras sancionadas por apresentarem vínculos com organizações terroristas.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de contrabando, integração de organização terrorista, atos preparatórios de terrorismo, financiamento ao terrorismo e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 75 anos e 6 meses de reclusão.

 

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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