Máquina apreendida pela POlícia que acabou sendo destruída. Foto: Divulgação.

Polícia Federal volta a interditar garimpos ilegais na Amazônia

Marabá (PA) – A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Novo Eldorado, no município de Curionópolis, sudeste paraense. O mesmo local de extração de ouro ilegal já havia sido alvo da primeira fase da operação, há três meses. A Novo Eldorado foi realizada na sexta-feira (12/07).

Em três pontos de garimpo, foram encontrados quatro escavadeiras e um motor. O maquinário foi inutilizado devido à impossibilidade de remoção da área. Além disso, foram apreendidos três celulares e trinta e seis munições de calibre 38. Os responsáveis por coordenar a execução do crime ambiental foram identificados, mas ninguém foi preso.

Garimpo reativado

De acordo com a PF, a segunda fase se fez necessária porque, mesmo após a operação na região realizada em abril deste ano, alguns pontos de garimpo ilegal foram reativados.

Os garimpos de ouro ilegal têm área superior a 22 hectares. Os resíduos de garimpagem estariam se sedimentando no leito dos rios da região, principalmente no Rio do Sereno. O valor do ouro extraído ilegalmente seria superior a R$ 12 milhões, com prejuízo socioambiental de quase R$ 50 milhões, em estimativa baseada na calculadora de impactos monetários do Ministério Público Federal.

A extração ilegal e predatória de ouro é responsável pela grave contaminação dos afluentes dos rios que abastecem a região, bem como a contaminação do solo. Segundo a PF, um dos objetivos da segunda fase da operação era aferir se a recuperação do ouro vinha sendo realizada com mercúrio ou cianeto. Foi confirmado o uso de mercúrio.

O combate feito pela Polícia Federal aos garimpos ilegais na região é constante. As operações atuais são desdobramentos de outras recentes, como a operação Boa Sorte, também de garimpo de ouro, deflagrada em dezembro de 2023.

 Outro garimpo

 Poucos dias antes da operação em Curionópolis, a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagraram, de 9 a 11 de julho, a Operação Anhangá, com o objetivo de combater o garimpo ilegal no Parque Nacional do Juruena.

Em razão da dificuldade na logística de apreensão, todos os equipamentos encontrados foram inutilizados, sendo eles uma escavadeira, duas dragas e cinco motores.

Além do maquinário, a PF encontrou diversos acampamentos equipados com geradores, fogões e freezer, utilizados para a permanência na região do garimpo. As diligências não flagraram pessoas nesses acampamentos, dadas as condições de fuga propiciadas pela vegetação da região.

O Parque Nacional do Juruena (PNJu) é uma unidade de conservação federal de proteção integral, sob administração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Com uma área de 1,9 milhões de hectares, seu território abrange os estados de Mato Grosso e do Amazonas, sendo distribuído pelos municípios de Apuí (AM), Maués (AM), Cotriguaçu (MT), Nova Bandeirantes (MT) e Apiacás (MT).

Com informações de assessoria / PF

 Wagner Sales – Editor de coonteúdo

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