Chegou 2024, criamos expectativas, sonhos e desafios. Todos os anos várias promessas positivas, a serem realizadas!
Sempre me vejo nesse propósito de romper barreiras em busca da autoconfiança, autoestima e fazer principalmente o bem ao próximo, como tenho certeza, a qual é o desejo de todos!
Então vamos começar o ano dançando, sorrindo, cantando e amando principalmente o que acham!?
“Eu vou tomar um tacacá
Dançar, curtir, ficar de boa
Pois quando chego no Pará
Me sinto bem, o tempo voa”
Quando dançamos, movimentamos o corpo, extravasamos de alegria. Aumenta nossa autoestima, começamos a observar os limites e capacidades do nosso próprio corpo e mente sentimos uma sensação de paz. Será!?
Desse modo, a dança se configura como uma excelente oportunidade de auto-observação.
O exercício da autoestima na dança é inevitável, uma vez que começamos a expor para o mundo também as nossas falhas, autoestima é poder se dar conta de que somos falhos e isso não nos causa constrangimento algum, pois falhar é natural, e até nisso somos singulares, pois falhamos cada um ao seu modo e cada falha possui um significado especial, na qual devemos utilizá-lo para nos aperfeiçoar.
Dançar é se libertar de amarras pessoais e sociais. Quando dançamos somos capazes de expressar para o mundo nossas dores, alegrias e desejos. Através disso podemos transgredir as barreiras que o mundo nos impõe e as barreiras que existem dentro de nós.
Dançar é oportunidade de poder olhar todos os dias para dentro de si. Se reavaliar enquanto ser humano, ora limitado, ora incrivelmente potente.
A dança nos chama a ser cada dia, melhores, para nós, para o mundo e para a vida. Imagine que o episódio, ocorrido na cidade francesa de Estrasburgo, em julho de 1518, intrigou os médicos da época e, ainda hoje, é considerado uma das passagens mais misteriosas da história: tudo começou quando Frau Troffea saiu de casa e começou a dançar.
Ela dançou sem música pelas ruas da cidade e foi aplaudida pelos passantes, que pensaram se tratar de uma apresentação artística. Mas ela continuou dançando mesmo quando a noite caia, sem parar.
Ela dançou quando seus pés ficaram cobertos de sangue e quando seu corpo começou a dar os primeiros sinais de exaustão. A única coisa que fez com que Frau Troffea parasse de dançar foi o seu próprio colapso, seis dias depois que ela ensaiou os primeiros passos.
As autoridades ficaram encucadas e mandaram a mulher para fora da cidade, para se tratar na comuna vizinha de Saverna, em um templo dedicado a São Vito, figura religiosa à qual atribuíam a maldição.
A história poderia ter sido classificada apenas como um caso individual de loucura, não fosse um detalhe para lá de estranho: a doença dançante de Frau Troffea era contagiosa.
Enquanto ela dançava até desmaiar nas ruas de Estrasburgo, mais e mais pessoas se juntaram a ela.
Em uma semana, a coreografia interminável já contava com 34 pessoas. No final de um mês, 400 pessoas dançavam sem parar na cidade francesa. A maioria delas eram mulheres.
Os passos variavam de pular de uma perna para a outra, giros, gritos, movimentos agitados dos braços e espasmos corporais.
Muitas centenas em Estrasbugo começaram a dançar e pular, mulheres e homens.
No mercado público, em becos e ruas, dia e noite; e muitos deles não comiam nada.
Até que finalmente a doença os deixou.
Essa aflição foi chamada de dança de São Vito.
(Fonte no livro Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine, de E. Louis Backman, tradução livre)
Denilson Costa