Por: Jorge Eduardo Magalhães
Sentia pena daquela pobre criança que sempre via passar diante da janela de sua casa com os pés no chão. Coitadinho do menino, não deve ter nem dez anos e não tem nem um chinelo para calçar.
Faltavam três dias para o Natal, tinha que fazer uma boa ação. Chamou o menino, deu-lhe o que comer, depois foi até uma lojinha em sua rua e comprou um chinelinho. Era um presente simples, mas para ele dar aquele presente aliviava sua alma, seu coração. O menino, nem agradeceu, saiu correndo com o chinelo na mão. Nem calçou. Deve ter ficado tão emocionado e, como já tinha o hábito de andar descalço, acabou esquecendo.
Algumas horas depois o dono da lojinha batia à sua porta. Ele só não soube que o menino tentara devolver o chinelo e pegar o dinheiro provavelmente orientado pela mãe.
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Infelizmente, é verossímil a história narrada.
Essa é a realidade brasileira