Maputo, 23 Dez (AIM) – O Presidente moçambicano recém-eleito, Daniel Chapo, reiterou esta segunda-feira (23) o seu compromisso para com cada cidadão, sem excepções, de promover a paz, reconciliação nacional e harmonia social.
“É fundamental dizer que este país pertence aos moçambicanos independentemente das preferências políticas, religiosas, somos todos irmãos”, disse Chapo. Aliás, saber governar é servir a todos e não ser servido.
Eleições gerais
Chapo falava nesta segunda-feira (23/12), na sede nacional da Frelimo, partido no poder em Moçambique, minutos após o Conselho Constitucional ter proclamado a sua vitória nas eleições gerais, realizadas no dia 9 de Outubro do presente ano.
Enalteceu todas forças vivas da sociedade pelo seu contributo para o estabelecimento de um diálogo franco e inclusivo consolidando o Estado de direito.
“Aos jovens, combatentes, associações, líderes religiosos, comunitários, sociedade civil, partidos políticos, asseguro que a vossa voz foi ouvida”, referiu.
Explicou que os jovens representam a riqueza e a diversidade do país, e que a força e o diálogo são a chave para superar as diferenças. O diálogo irá permitir preservar e reforçar a unidade nacional na diversidade, alicerce fundamental para a democracia e sucesso do povo na luta de libertação nacional.
“Nasci na pobreza, cresci na pobreza, já andei, já vendi na rua, para conseguir comprar caril. Já vendi petróleo a noite para conseguir comprar caderno e lápis. Sou jovem, porque conheço aquilo que eu passei, sei o que é lutar pelo pão de cada dia. Por isso, essas experiências moldaram em mim valores fundamentais de respeito pelo próximo, integridade, humildade, amor ao próximo e prometo amar o povo moçambicano “, disse Chapo.
Prometeu liderar com coragem e coração, com uma missão clara e apontada para o certo. Acrescentou que não irá descansar enquanto não alcançar resultados concretos.
“Os desafios são muitos, tenho consciência disso, mas unidos do Rovuma ao Maputo vamos construir uma nova era, para o nosso país, mudança, progresso e do desenvolvimento do povo moçambicano, sobretudo de esperança ” disse.
Por seu turno, o Presidente do Partido Frelimo e da República de Moçambique cessante, Filipe Nyusi, agradeceu os moçambicanos, militantes, e membro que apostaram mais uma vez no partido no poder.
“Começa uma nova etapa, novo momento, todos virados para futuros desafios”, disse Nyusi.
Sublinhou ser necessário um trabalho conjunto para estabilizar o país, tendo em conta os compromissos assumidos com a paz.
Esclareceu que as condições estão mais que facilitadas porque já começa haver um interlocutor directo para o actual processo.
Já o Presidente honorário da Frelimo e antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, disse ser necessário reforçar a unidade no seio da Frelimo.
“Esta vitória é uma alegria, porque temos uma oportunidade de começar de novo, uma marcha com vigor, para que esta Frelimo que é do povo, fazer a vontade do povo”, disse Chissano.
Acrescentou que no país não existem dois povos, pois o povo é apenas um, e a tarefa é única.
“Abrimos essa fase de criação de muitos partidos, sociedade civil, religiões, mas isso não quer dizer que queremos muitos povos em Moçambique queremos um só povo” disse Chissano.
Informou que os problemas são conhecidos, citando o exemplo o desemprego, raptos, habitação, entre outros, cuja solução contará com o envolvimento de todos.
Participaram no evento militantes, membros, simpatizantes da Frelimo e demais convidados.
Com informações de AIM
Wagner Sales – Editor de conteúdo