Brasília (BSB) – A pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes determinou a buscas e apreensões e decretou as prisões preventivas de Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior. Os dois são suspeitos de vários crimes punidos com reclusão, em especial, conforme salientado pela Procuradoria Geral da Republica, o delito tipificado no art. 359-L do Código Penal (abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tipificada).
No pedido, o Procurador Geral da República, Paulo Gonet, afirmou que “o conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023”.
Gonet apontou a existência de “provas suficientes da existência do crime e indícios razoáveis de autoria, já abordados, que vinculam Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior aos fatos. A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública. A medida é, assim, proporcional, ante o risco concreto à integridade física e emocional das vítimas”.
Até agora, o que se sabe é que os homens presos são irmãos, um é morador de São Paulo e o outro do Rio de Janeiro, este último militar do Corpo de Fuzileiros Navais. A investigação que culminou na prisão dos dois começaram em abril, quando mensagens de e-mails anônimos começaram a chegar ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. As mensagens citavam bombas e que conheciam a rotina da filha do ministro.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo