Os estudantes, em maioria a frequentar a 12ª classe, revelam em denúncia anônima à redacção do Polo de Notícias, que no presente ano lectivo estão a ser vítimas de extorsão financeira. Foto: Facebook.

Professores e alunos denunciam agressão e extorsão no Sacrinor

Luanda (AO) – Os estudantes, em maioria a frequentar a 12ª classe, revelam em denúncia anônima a redacção do Polo de Notícias, que no presente ano lectivo estão a ser vítimas de extorsão financeira pela direcção do Instituto Técnico Privado de Saúde Sacrinor, no município de Cacuaco, província de Luanda onde além de pagar 70 mil kwanzas para o estágio curricular, viram a mensalidade subir de 22.000 (vinte e dois mil) kwanzas para os 27.800 (vinte e sete mil e oitocentos) kwanzas, a jaleca 20.000 kwanzas, uniforme escolar 22.000 kwanzas, kit de primeiro socorro 30.000 kwanzas.

A subida dos emolumentos e propinas levam os estudantes a revolta, porque, segundo manifestam não estão a resultar em melhorias das condições e do ambiente de ensino-aprendizagem na instituição onde “as salas de aulas aquecem bastante por falta de ar-condicionado, faltam carteiras suficientes para os estudantes, e nos dão para as aulas práticas materiais sem qualidade.”

Kit de primeiros socorros

Os estudantes técnico-médios dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Análises Clínicas denunciam também que “foram aumentados os preços da propina, estão exigindo a compra do kit que nem deve ser chamado de kit de primeiros socorros”, por consequência, “quem não tiver será impedido de ter acesso ao laboratório que não tem os materiais suficientes.”.

São inúmeras as reclamações ainda com o funcionamento do laboratório, que “nos obrigam a comprar os materiais para o seu uso, e ainda nos recebem para deixarmos no colégio. Vamos parar de temer coisas que não estão ao nosso favor. Estão a nos obrigar a comprar uniformes novos, estamos sendo obrigados a comprar jaleca nova. Tudo isso em tão pouquíssimo tempo. Como estudantes temos o direito de reivindicar pelos nossos direitos”, exigem os estudantes que o mês de Novembro já gastaram, individualmente, mais de 169.800 (cento e sessenta e nove mil e oitocentos) kwanzas.

Temendo represálias e a possibilidade de serem expulsos, os professores fugiram a nossa reportagem que se deslocou ao Sacrinor onde responsáveis de direcção assumiram que de facto para o ano lectivo 2024/2025 houve aumentos nos emolumentos e propinas que “se justificam com o aumento dos custos com a gestão e manutenção da instituição de ensino”.

A nossa equipa de reportagem foi impedida pela secretaria da subdirecção pedagógica de ter acesso ao interior das salas de aula onde buscamos apurar as suas condições para a realização do processo de ensino-aprendizagem.

 

Com informações de José Geraldo Letras (Correspondente em Angola)

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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