Rio (RJ) – Mais um caso de golpes do empréstimo consignado. Desta vez, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ), a 2ª Promotoria de Investigação Penal Territorial da Área Centro e Zona Portuária, e a Polícia Civil, começaram a cumprir, nesta quinta-feira (31/10), 12 mandados de busca e apreensão contra quatro integrantes de uma organização criminosa que aplicava o golpe do empréstimo consignado.
Na operação Queops, foram denunciadas 39 pessoas pelo crime de estelionato. Os mandados, expedidos pela Vara Especializada em Organizações Criminosas, estão sendo cumpridos nos bairros do Flamengo e Jacarepaguá, na capital fluminense, e nos municípios de Niterói e Magé, na região metropolitana, contra os administradores das empresas, todos integrantes da mesma família. A pedido do Ministério Público, o Juízo deferiu a indisponibilidade de R$ 1.411.026,09 das contas dos denunciados e a suspensão da atuação empresarial dos acusados e das pessoas jurídicas envolvidas no esquema criminoso.
Conforme denúncia do GAECO/MPRJ, a organização criminosa atuava em rede para atrair principalmente militares, aposentados, pensionistas e servidores públicos. De acordo com as investigações, os criminosos atuavam por meio de 15 empresas, criadas exclusivamente para aplicar o golpe.
Eles agiam de duas formas. Na primeira situação, a vítima era convencida a contrair o empréstimo, que ocorria por meio de uma instituição bancária indicada pelos criminosos. A vítima ficava com 10% do valor e transferia o restante para uma empresa ligada ao grupo, que se responsabilizava pelo pagamento integral do empréstimo contraído.
Na segunda situação, os criminosos ofereceram a vítimas, já com empréstimos em andamento, uma redução nas parcelas por meio de compra da dívida, refinanciamento ou portabilidade, prometendo um ganho de 10% sobre o saldo devedor. Com os dados da vítima, os criminosos contraíam um novo empréstimo.
Quando o valor era creditado, a pessoa, surpresa com o valor superior ao combinado, devolvia o excedente à empresa dos criminosos. Em uma das fraudes, o grupo contraiu um empréstimo de R$ 327.669,26 em nome de uma vítima.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo