Rádio Despertar em crise financeira demite jornalistas

Luanda (AO) – Vários jornalistas que trabalhavam como correspondentes nas províncias do Huambo, Huila, Namibe, Uíge e Bengo foram demitidos pela Rádio Despertar que alega problemas financeiros. 

O Director Geral, Horácio dos Reis, é citado como o responsável pelas demissões dos correspondentes da emissora ligada ao partido UNITA. Horácio, desde que chegou ao cadeirão máximo da Rádio Despertar consagrada como o slogan “A Voz da Sociedade” já afastou os jornalistas Arlindo Israel Samalat, Sebastião da Silva, Pedro Kafiele, Lucas Panzo, e Tito Mário. 

O faturamento da Rádio Despertar se baseia nas publicidades, e venda de espaço na programação. 

Trabalhadores

Horácio dos Reis justifica falta de recursos financeiros para manter os mais de 90 trabalhadores atuantes na emissora. Razões pela qual seus colaboradores auferem um salário magro de 40 mil kwanzas, mas alguns ganham bem menos, em torno de 25 mil kwanzas.

Entre os demitidos está Tito Mário, que exercia a função de repórter correspondente na província do Bengo, e recebia um salário baixíssimo.

Horácio dos Reis, tem sido acusado de ameaçar os profissionais com demissão caso seja contrariado. O também apontado como filho querido do actual presidente da UNITA, diz que não quer trabalhar com nenhum jornalista que tenha ligação directa ou indirecta com o Partido UNITA.

Apesar de alegar que os baixos salários são resultado do número elevado de trabalhadores da emissora, Horácio dos Reis na sua gestão comprou dois carros de luxuosos, celebrou vários contratos com valores acima de 100 mil kzs. Certamente a Despertar vai acumular prejuízos por ter dispensado diversos profissionais como Queirós Chiluvia, Pedro Kafiele, Gonçalves Vieira, Horíbio Fernando, Daniel Fernandes, e Matias Venâncio.  Estão previstas outras 12 demissões de jornalistas nos próximos dias.

Com informações de nossos correspondentes em Angola

Wagner Sales – Editor de conteúdo