Luanda – A única forma de reduzir os preços de bens alimentares no país é diversificar a economia com o aumento da produção interna de bens e de serviços através dos programas de fomento à produção agropecuária e pesqueira. A justificação é do Presidente da República, João Lourenço, em Mensagem de Ano Novo proferido sábado, 30 de Dezembro, antes de seguir viagem às Ilhas Seychelles com a sua comitiva presidencial, incluindo familiares, em gozo de férias milionárias suportadas pelo Fundo Soberano.
O Presidente João Lourenço, que reiterou a sua aposta fracassada na diversificação da economia e no aumento da produção interna desde 2017, chamou os angolanos a demonstração de afecto e solidariedade para com todos “os nossos semelhantes, em especial aos mais desfavorecidos” do qual fazem parte mais de 28 milhões de cidadãos que nem um natal condigno consideram ter devido a perda do poder de compra com o Kwanza desvalorizado em nível de inflação galopante.
Espírito de patriotismo
Considerando a família “a base da nossa sociedade”, João Lourenço chamou essa “base da nossa sociedade” para que em espírito de patriotismo estendam a mão “àqueles que vivem com dificuldades e por isso contam com uma mão solidária para manterem viva a esperança em dias melhores”.
Ao nível do Executivo, João Lourenço disse que “tudo temos feito para atenuar as desigualdades ainda existentes e proporcionar a todos os angolanos condições de vida mais dignas”.
O titular do Poder Executivo que desde 2017 dirige o povo justificou que só “com a diversificação da nossa economia, o aumento da produção interna de bens e de serviços, com os programas de fomento à produção agropecuária e pesqueira” se poderá “aumentar a oferta dos bens alimentares de grande consumo”, e reduzir-se os seus preços. Até lá que as famílias se aguentem como poderem, subentendeu João Lourenço ou “Ti. Matama (Tio Bochechas) como é carinhosamente chamado no interior do país onde já não goza da simpatia popular.
Nos sectores da Saúde e Educação, João Lourenço, encheu o peito para se gabar das construções “de um elevado número de unidades hospitalares de diferentes categorias, em infra-estruturas escolares para os diferentes níveis de ensino, assim como na formação e admissão de profissionais da saúde e da educação e ensino, com as competências requeridas ao bom funcionamento dos equipamentos sociais a que fiz referência”.
No sector do fornecimento de água potável e energia, Lourenço, afirmou que “estamos igualmente a aumentar a oferta de energia e água potável para as nossas populações e diferentes indústrias”. O presidente da República que agora cumpre agendas dos norte-americanos afirmou que está a conseguir melhorar e a expandir a rede rodoviária e ferroviária nacional.
Autoconstrução dirigida
“Para além do investimento público na construção das chamadas centralidades, temos vindo a promover políticas de fomento à autoconstrução dirigida, com vista a garantir uma melhor qualidade de vida para os cidadãos angolanos” disse na ocasião o presidente da República ao reconhecer que “o Estado continua a ser ainda um grande empregador, sobretudo nos sectores da saúde, educação e ensino” quadro que espera mudar com a diversificação da economia, onde quer contar com o sector empresarial privado, para além do autoemprego resultante da formação técnico-profissional administrada aos jovens pelos vários programas do Executivo.
“Neste projecto comum de fazermos de Angola um país de oportunidades para todos, contamos com o empenho e o trabalho de todos os cidadãos, com a sua participação activa no processo produtivo e em todos os sectores vitais da sociedade” pediu.
O presidente procurou convencer os cidadãos e eleitores “para a grande família angolana, reiteramos o nosso compromisso com a paz e a reconciliação nacional, condição fundamental ao desenvolvimento económico e social e à prosperidade do nosso país”.
Mesmo sendo um líder incapaz de transmitir segurança social e econômica para as famílias angolanas, nesta quadra festiva, João Lourenço apresenta os seus sentimentos de pesar a todos os que durante o ano perderam os seus entes queridos.
“Os meus sinceros votos de muita saúde, paz e concórdia em todos os lares e a esperança de um Novo Ano com a fé redobrada num futuro melhor para todos os angolanos”.
“Para este novo ano que se aproxima, os nossos corações estão com todos os povos do mundo vítimas da fome e da miséria, das doenças, dos preconceitos raciais, das calamidades naturais resultantes das alterações climáticas, mas sobretudo das vítimas das guerras e conflitos armados que proliferam pelo mundo”.
“Que a paz chegue aos territórios e povos da RDC, de Moçambique, do Sudão, da Ucrânia, da Palestina e de Israel” finalizou.
Com informações de Geraldo José Letras (correspondente em Angola)
Wagner Sales – Editor de Conteúdo