O terminal rodoviário registra um grande movimento de passageiros. Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil.

Sequestro de ônibus quebra a rotina na Rodoviária Novo Rio

Rio (RJ) – Duas pessoas ficaram feridas durante o sequestro de um ônibus que faz a linha Rio de Janeiro – Juiz de Fora, na tarde desta terça-feira (12/3). Depois de quase três horas de cerco e negociação com a polícia, Paulo Sérgio Lima, de 29 anos, acabou se entregando.

Durante o sequestro, ele manteve 17 pessoas como reféns e provocou muita confusão não só na Rodoviária Novo Rio, na zona portuária da capital fluminense, como nos seus acessos. As ruas próximas ao terminal chegaram a ser interditadas pela polícia.

Passagem adquirida em dinheiro

O caso começou pouco depois de Paulo Sérgio comprar a passagem em dinheiro no guichê e embarcar no ônibus. O terminal estava muito movimentado. Não se sabe a razão, já no ônibus, ele anunciou o assalto, fez vários disparos possivelmente com uma pistola e acabou ferindo o funcionário da Petrobras, Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos, que foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde acabou sendo operado. Um outro passageiro também ficou ferido por estilhaços de vidros, foi atendido pelos bombeiros e liberado. Os tiros acabaram provocando uma correria das pessoas que estavam na rodoviária.

Depois de negociações com homens da Polícia Militar, Paulo Sérgio se entregou sendo autuado na 4ª DP, localizada na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. Ele que tem origem na comunidade da Rocinha, tem duas anotações criminais por roubo a mão armada.

A aposentada Cleuza Aparecida relatou que o momento foi de muita apreensão e que nunca tinha visto algo semelhante na Rodoviária do Rio. “Um caos, faz 40 anos que eu viajo pela Rodoviária Novo Rio e nunca aconteceu isso. Eu estava perto do ônibus que foi sequestrado. Uma menina mandou todo mundo que estava lá perto entrar dentro do banheiro e se esconder”.

O eletricista Jorge Nascimento Lopes disse ter ouvido os tiros. “Nós estávamos comprando a passagem e começamos a escutar os tiros. Daí, foi uma correria e a polícia colocou todo mundo para fora da rodoviária, porque a gente ficaria mais protegido assim. Quem tem família, a preocupação é grande”.

Com reportagem e edição de Wagner Sales / Rede Brasil

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