Os servidores exigem a reposição de suas perdas – mesmo aceitando que isso seja feito de forma escalonada. Foto: Divulgação.

Servidores da Fiocruz anunciam paralisação de atividades

Rio (RJ) – Os servidores da Fundação Oswaldo Cruz iniciam paralisação de suas atividades a partir desta quinta-feira (01/08). De acordo com a classe, o movimento busca pressionar os representantes do Ministério de Gestão e da Inovação (MGI) a aceitarem repor o poder aquisitivo dos salários dos 4.404 servidores da Instituição, que segundo o Dieese teve uma corrosão salarial entre 59% e 75% nos últimos anos.

Ainda segundo os trabalhadores, após quase um ano de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz e o Governo Federal, o impasse está entre uma proposta do MGI de zero% de reajuste em 2024; 9% em 2025 e 4% em 2026 rejeitada por unanimidade na assembleia realizada na última segunda-feira e a proposta aprovada pelos trabalhadores da Fiocruz. Os servidores exigem a reposição de suas perdas – mesmo aceitando que isso seja feito de forma escalonada – com reajustes de 20% nas cinco folhas salariais que faltam em 2024; 20% em 2025 e 20% em 2026.

Greve progressiva

Uma nova assembleia ocorrerá no dia seguinte ao da paralisação – na sexta (2/8) – para avaliar o resultado das negociações com o MGI e definir a continuidade do movimento, que já discute uma greve progressiva (um dia a mais de paralisação a cada semana, com realização de atividades de greve dentro e fora da Fiocruz) caso o governo se mantenha irredutível.

A nova proposta, que reivindica reajustes de 20% + 20% + 20% em três anos, já foi enviada ao MGI pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz logo após a assembleia que aprovou a paralisação, solicitando a imediata realização de nova mesa de negociação.

Cálculos apresentados à assembleia demonstraram que, após a implementação total do reajuste proposto, ele trará um impacto total, em três anos, de R$ 907 milhões por ano a mais em relação à atual folha salarial da Fiocruz. Comparativamente ao reajuste concedido aos policiais da PRF e da PF no início de 2024, (que trará impacto de R$ 2,2 bilhões para o governo) o reajuste a ser concedido à Fiocruz seria duas vezes e meia menor que o concedido aos policiais. Outra comparação: o reajuste pleiteado pelos servidores (de R$ 907 milhões ao fim de três anos), impactaria em menos de 10% do Orçamento Anual de um único ano (2023) da Instituição.

A assembleia também aprovou a implementação, em janeiro de 2025, do Reconhecimento de Resultados de Aprendizagem (RRA), já acordado com o governo desde 2015, mas que ainda não foi colocada em prática até hoje.

Com informações de assessoria

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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