Surto de cólera preocupa moradores de Cacuaco

Luanda (AO) – O surto de cólera no município de Cacuaco tem causado muitos problemas para os moradores de Cacuaco especialmente no bairro Paraíso, que vem registrando casos desde o último dia 12.  Um cidadão que não queria ser identificado, prestador de serviços do hospital da Vila de Cacuaco, disse que a unidade de saúde tem recebido muitas pessoas com sintomas de cólera e que os doentes mais graves são conduzidos ao hospital municipal para ter melhores cuidados. De acordo com o funcionário, o ministério de saúde disponibilizou aos munícipes baldes de lixívia e panfletos onde constam alguns conselhos para prevenção da doença. Apesar de não se identificar, ele se mostrou preocupado e advertiu que as pessoas precisam fazer uso da água tratada. 

Para o morador Isaac José, de 52 anos, a causa da cólera tem sido a distribuição da água não tratada através das torneiras. Ele apelou ao ministério da saúde que ajude a população na prevenção da doença. 

Jovens como Armando Antonio, Francisco Pedro, Alberto Gonçalves, com idades que variam de 19 à 22 anos, aconselham aos angolanos que trate bem da água evitando sujeiras em casa.

Medidas para evitar a doença

Entre as medidas que podem ser adotadas para evitar a doença os médicos aconselham que as pessoas não utilizem água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou beber. Deve-se evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos (principalmente os frutos do mar) e alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias.

A cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmissível, caracterizada, em sua forma mais evidente, por diarréia aquosa súbita, cujo agente etiológico é o Vibrio cholerae, bactéria Gram-negativa, em forma de bastonete encurvado, móvel. É transmitida principalmente pela contaminação fecal da água, de alimentos e outros produtos que podem ser levados à boca.

A infecção pode ser leve ou ocorrer sem sintomas (75%). Em cerca de 5% das pessoas infectadas o quadro pode ser grave, manifestando-se por diarreia líquida e profusa, com aspecto de “água de arroz”, vômitos e cãibra nas pernas. Pode causar óbito devido à intensa perda de líquidos do corpo (desidratação) e choque, e por isso requer tratamento, o mais rápido possível. É considerada uma doença de extrema virulência. Os sintomas podem aparecer após contato com a fonte de infecção, de poucas horas até cinco dias, em geral, de dois a três dias.

 

Com informações de portal.saúde.gov.br / Engrácia Vimbuando (Estagiária correspondente em Angola)

Wagner Sales – Editor de conteúdo.

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