Brasília (BSB) – O Supremo Tribunal Federal divulgou nota sobre a operação da Polícia Federal no caso Marielle Franco e Anderson Gomes. De acordo com a nota, “por determinação do Ministro Alexandre de Moraes, o Supremo Tribunal Federal (STF) expediu ordens de prisão preventiva contra DOMINGOS INÁCIO BRAZÃO (Conselheiro do TCE-RJ), JOÃO FRANCISCO INÁCIO BRAZÃO (Deputado Federal pelo RJ) e RIVALDO BARBOSA DE ARAÚJO JÚNIOR (Delegado de Polícia Civil), que foram cumpridas pela Polícia Federal neste domingo (24/3)”.
A decisão passará por referendo em sessão virtual da Primeira Turma, a ser realizada nesta segunda-feira (25), de 0h às 23h59.
Os três passaram por audiência de custódia conduzidas pelo magistrado instrutor do gabinete do ministro, desembargador Airton Vieira, pela manhã, na Superintendência da Polícia Federal no Rio. As prisões foram mantidas, e os detidos foram transferidos na tarde deste domingo para presídio federal, no Distrito Federal.
Outras diligências
Além das três prisões preventivas, foram determinadas outras diligências: busca e apreensão domiciliar e pessoal; bloqueio de bens; afastamento das funções públicas; e outras cautelares diversas da prisão (tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaporte, suspensão de porte de armas), além de apresentação perante o juízo da execução no RJ.
O Ministro também determinou o levantamento do sigilo da decisão, do parecer da PGR e do relatório final da PF, que serão disponibilizados pelo STF após serem digitalizados.
A operação Operação Murder Inc da Polícia Federal foi deflagrada neste domingo (24/3) no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Os investigadores querem saber qual a motivação do crime. A suspeita é de que tenha relação com a expansão territorial da milícia no Rio. A prisão dos três está relacionada a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do crime.
Em entrevista coletiva, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandovski, disse que do ponto de vista da polícia, o trabalho está encerrado.
Com informações da assessoria / STF
Wagner Sales – Editor de conteúdo