Buenos Aires – Javier Milei, candidato da ultradireita La Libertad Avanza (LLA), foi eleito neste domingo (19/11) presidente da Argentina ao obter 11 pontos de vantagem sobre o seu oponente da União pela Pátria, Sergio Massa, que alcançou 44,22% dos votos, quando algo mais da metade dos eleitores (55,75%) votaram no economista libertário neste segundo turno.
Milei será o primeiro chefe de Estado de uma direita anarco-libertária eleito nas urnas e terá como vice-presidenta Victoria Villarruel, advogada ligada a setores retirados das forças armadas argentinas. O início de outro governo de viés neoliberal vai permanecer no período 2023-2027, com promessas de reestruturação sem gradualismo nem “tibiezas”.
Substituição
A partir de 10 de dezembro próximo, Mieli e Villaruel vão substituir o atual presidente Alberto Fernandez e a Cristina Fernández de Kirchner. Eles darão uma gestão ultraliberal que contará com o apoio de ex-funcionários e assessores de Mauricio Macri e da ex-candidata presidencial Patricia Bulrich
“Hoje começa a reconstrução da Argentina” prometeu Milei em sua bunker no centro de Buenos Aires, em um discurso dedicados a todos os “argentinos de bem”. Neste mesmo discurso ele agradeceu a sua irmã Karina, a quem os seguidores do novo mandatário chamam de “chefe”.
“Nós voltamos ao caminho que nunca deveríamos ter perdido. A Argentina tem futuro, esse futuro existe e é liberal”, afirmou Milei. Muito antes, Massa reconheceu sua derrota e felicitou o presidente eleito, agradecendo os esforços de seus correligionários à campanha e destacou aos protagonistas de “comovedora micromilitância” que tentaram explicar o projeto de país defendido por seu partido.
“A partir de amanhã, a tarefa de dar certezas e transmitir garantia sobre o funcionamento político, social e econômico da Argentina é responsabilidade do presidente eleito e esperamos que então faça”, advertiu Massa em seu bunker em Chacarita
Com Télam Digital
Wagner Sales – Editor de Conteúdo