Rio de Janeiro (RJ) – As enchentes no Rio Grande do Sul estão causando uma série de problemas, incluindo questões de saúde pública. Além da leptospirose, que já registra centenas de casos confirmados e algumas mortes na região Sul, outras doenças comuns em situações de enchentes, ou que ocorrem independentemente delas, também são motivo de preocupação. Dengue, influenza, diarréia infecciosa, escabiose (sarna), pediculose (piolho) e doenças zoonóticas, como a raiva, demandam vigilância constante para evitar sua propagação.
Andre Dói, médico patologista clínico e Diretor Científico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), destaca que todas essas situações exigem atenção, tanto para os problemas associados às enchentes quanto para doenças infecciosas endêmicas, tais como a dengue e a Influenza, cujo número de casos encontram-se elevados em todo o país. “Estamos na época de vacinação contra a influenza, e é importante não negligenciar a proteção contra outras doenças, seja por meio de vacina ou repelentes”, explicou. No dia 17 de maio, o Ministério da Saúde garantiu 1,2 milhão de doses de vacinas de diversas doenças para o Rio Grande do Sul, além de começar a distribuir as vacinas atualizadas da Covid-19 no dia 21 aos municípios.
Durante as enchentes, os casos de Dengue tendem a aumentar, pois o mosquito Aedes aegypti se reproduz em água parada, o que ocorre principalmente quando os níveis de água estão baixando. “Após o período de chuvas, é crucial eliminar os criadouros de mosquitos para evitar a proliferação da doença. Também deve-se ter atenção às doenças respiratórias, como a gripe, cuja ocorrência pode aumentar devido à época do ano e à aglomeração nos abrigos, sendo essencial a vacinação”, reforçou o especialista da SBPC/ML.
Além disso, casos de outras doenças infecciosas podem aumentar, em virtude da aglomeração em abrigos: escabiose (sarna) e pediculose (piolho). De acordo com André Dói, as medidas preventivas são essenciais tanto agora quanto nos meses que seguem. “É importante reforçar a vacinação para algumas doenças, garantir o acesso à água potável, saneamento básico, vigilância sanitária e controle de vetores. O tratamento adequado de doenças infecciosas também reduz o risco de transmissão”, ressaltou.
Com informações de assessoria
Wagner Sales – Editor de conteúdo