Luanda – A Vice-presidente da República de Angola, Esperança Maria Eduardo Francisco da Costa, considerou nesta terça-feira (03.10), que é oportuno haver mais envolvimento das forças policiais no combate à criminalidade transnacional, assim como buscar, partilhar informações e coordenar operações policiais entre os países membros da Interpol.
Esperança da Costa, que falou na abertura da 26ª Conferência Regional Africana da INTERPOL, iniciada nesta terça-feira (3.10) e irá decorrer até ao dia 05 de outubro nesta cidade, sublinhou a importância da realização de diligências investigativas de crimes com dimensão transnacional.
“O tráfico de drogas, o terrorismo, o tráfico de seres humanos, os crimes cibernéticos, as várias formas de fraude de bens e produtos, a corrupção, a pirataria marítima, o branqueamento de capitais e outras tipologias de crimes organizados, que a Organização coloca no centro das suas principais preocupações e operações diárias, constituem uma forte ameaça para o desenvolvimento dos países”, observou a Entidade.
Violação dos direitos humanos
Para Esperança da Costa, os crimes que afectam o desenvolvimento de África, representam uma violação dos direitos humanos, pelo que defendeu a urgência do estabelecimento de uma cooperação estreita para prevenir tais situações.
“Devo realçar que nenhum país está isolado. Por isso, a cooperação regional e internacional se faz necessária com grande intensidade. Todos os participantes devem considerar essa conferência regional como uma oportunidade para definir novas estratégias e aplicar às já existentes, sobre os mecanismos pelos quais a INTERPOL pode assistir os nossos países, na prevenção e luta contra a criminalidade organizada.
Participaram na abertura do certame o Presidente da INTERPOL, Ahmed Naser Al-Raisi; o Ministro do Interior, Eugénio César Laborinho; o Presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo; Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Gróz; Comandante-Geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Comissário-Geral, Arnaldo Manuel Carlos; Secretário-Geral da INTERPOL, Jurgen Stock; integrantes do governo angolano; do Comité Executivo da INTERPOL; comandantes-gerais das polícias dos países membros; ex-comandantes-gerais da PNA; e membros do Conselho Superior da PNA.
Com Matias Venâncio, Daniel Fernandes, Thyrsha Alberto (Correspondentes em Angola)
Wagner Sales – Editor de Conteúdo