Vinicius Junior é um dos pilares da luta contra o racismo no futebol. Foto: Adriano Machado / CBF.

Vinícius Júnior estreia campanha de rastreamento genético da CBF.

Rio (RJ) – A CBF acaba de lançar uma campanha de mapeamento genético dos jogadores da Seleção Brasileira. Antes da partida com o Uruguai, a entidade lançou a campanha Raízes de Ouro.

Em parceria com a empresa de rastreamento genético AfricanAncestry.com, a CBF fez uma ação com o atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira.  A entidade revelou que Vinícius Júnior tem ancestrais da tribo Tikar de Camarões.

Significado

O lançamento da campanha por ter sido feito com Vinícius Júnior tem um significado muito grande. O atacante da Seleção Brasileira e do Real Madrid é um dos pilares da luta contra o racismo no futebol. Desde 2018 no Real Madrid, Vinícius Júnior já sofreu todo o tipo de ofensa racista na Espanha.

E ele luta contra isso há anos. Após o lançamento da campanha, Vinícius Júnior deu uma entrevista em que lembrou que qualquer ajuda é bem-vinda.

“As pessoas pretas sofrem há muito tempo, e tem que chegar o momento em que tudo isso acabe. A Fifa, que é um nome muito forte, junto com a CBF e com todos os jogadores, tem essa força para combater. Vamos seguir juntos e firmes e fortes para que em um futuro bem próximo, as crianças tenham uma vida melhor”, explicou o atacante.

Importância dos jogadores negros no Brasil.

Há mais de um século, os jogadores negros se destacam no nosso futebol.  Desde Leônidas da Silva, passando por Barbosa, Zizinho, Djalma Santos, Didi, Garrincha, Pelé, Reinaldo, Júnior, Romário, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, até chegar a Neymar, Gerson, Raphinha, Luiz Henrique e o próprio Vinícius Júnior, o futebol brasileiro tem jogadores negros  em destaque.

O que seria da Seleção Brasileira campeã mundial na Suécia em 1958, sem Didi, da bicampeã mundial no Chile em 1962 sem Garrincha, da tricampeã mundial no México sem Pelé, da tetracampeã mundial nos Estados Unidos em 1994 sem Romário e da Seleção do Penta em 2002 na Coreia do Sul e no Japão sem Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo?

Provavelmente a Seleção Brasileira não teria as 5 estrelas de campeã mundial na camisa.

Importante saber de onde viemos e o que os nossos ancestrais tiveram de passar, para valorizar o espaço que ocupamos hoje. A luta contra o racismo não é uma luta só dos negros.

É uma luta de todas as pessoas de bem, ainda mais no Brasil, um país com tanta diversidade de etnias e de raças.

#DiadaConscienciaNegra

Com informações de Salvador Gama

Wagner Sales – Editor de conteúdo

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