O ANJO EPISTOLAR: CAPÍTULO 24 – A repercussão da Primeira Epístola

Por: Jorge Eduardo Magalhães

Logo ao publicar a “Primeira epístola” sem, ao menos, o narrador contar o que teria feito Ed, somente insinuando que ele teria cometido atos terríveis, como já previa, organizações representantes da classe LGBT enviaram vários e-mails para a redação do jornal, dizendo que aquela insinuação era um desrespeito à memória de Ed e a toda uma classe de pessoas que, finalmente, estava tendo seu lugar de fala.

Não irei detalhar outras ladainhas do gênero que recebi na caixa de e-mail da redação, pois, como já era esperado, foram enviadas mensagens com as mais diversas narrativas, como se todo homossexual fosse uma pessoa impoluta, digna de toda a confiança do mundo.

Recebi também outras mensagens bem positivas, de pessoas com a curiosidade aguçada acerca da veracidade da narrativa do Anjo Epistolar e se ele realmente desvendaria para o público todos os crimes que o Patrulha Carioca cobriu na coluna “Crimes chocantes”.

De qualquer forma, sempre prevenia aos leitores, ao responder suas mensagens, que tudo o que eu publicasse era de responsabilidade do desconhecido que enviaria suas narrativas semanais e que nem mesmo a equipe do Patrulha Carioca (que na verdade, era apenas eu) tinha ideia do que ele enviaria.

Houve também quem dissesse que não existia nenhuma Anjo Epistolar e os próprios jornalistas do Patrulha Carioca estariam criando toda aquela atmosfera para aumentar o número de assinaturas. Também respondi a todas as mensagens do gênero, garantindo que o e-mail era real.

Independente das opiniões, o número de assinaturas do jornal, para meu contentamento, deu um enorme salto.

NÃO PERCAM O CAPÍTULO DE AMANHÃ.

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