Cerca de 300 desabrigados e desalojados pelos efeitos das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul foram alojados no Centro Estadual de Treinamento Esportivo. Foto: Divulgação.

Chega a 39 o número de mortes causadas pela chuva no RS

Porto Alegre (RGS) – O Rio Grande do Sul já registra 39 mortes em decorrência das chuvas que atingem o estado desde o início da semana. Segundo a Defesa Civil, 68 pessoas estão desaparecidas.

Mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas pelas forças integradas de segurança e 24 mil estão desalojadas. Até agora, o governo contabiliza 265 municípios afetados, do total de 497 em todo o estado.

Regiões

Ao atualizar os números na tarde desta sexta-feira (03/05), o governador Eduardo Leite disse que a situação ainda é crítica especialmente nas regiões central, vales e serra. Ele também fez um alerta para os moradores de Porto Alegre e região metropolitana, que podem ser atingidos nas próximas horas por causa da cheia do Lago Guaíba.

“Todos os sistemas de proteção estão sendo postos à prova por conta de um volume muito grande e persistente de água. Uma eventual ruptura pode causar uma onda, arrastando pessoas, ferindo, machucando e até colocando em risco a vida das pessoas”, alerta Leite.

O governador disse que as informações técnicas mostram que o Rio Taquari deve continuar baixando o nível nas próximas horas. “Pelo volume de chuvas na região nordeste do estado, nos rios que contribuem para o Taquari, há expectativa que possamos ter a manutenção da redução do nível do rio e que ele não volte a subir. Mas ainda com muita atenção”, disse.

O governo do estado também monitora a situação dos rios Gravataí, Jacuí e dos Sinos, além do Guaíba e da barragem de 14 de Julho, que rompeu parcialmente na quinta-feira (2). Outra bacia monitorada a partir desta sexta-feira é a do Rio Uruguai, em razão da chuva prevista para os próximos dias nas regiões norte e nordeste do estado.

Dificuldade financeira

Eduardo Leite garantiu que, apesar da dificuldade financeira do estado, não faltarão recursos estaduais para os municípios restabelecerem a normalidade. “Vamos tirar dinheiro de qualquer lugar que seja possível para poder estabelecer o atendimento a todas as pessoas”, garantiu, acrescentando que os recursos serão repassados diretamente às prefeituras, sem burocracias.

O comandante do Comando Conjunto Sul da Operação Taquari 2, general Hertz Pires do Nascimento, informou que ainda não foi possível instalar o hospital de campanha em Estrela, em razão da dificuldade de acesso à região. Ele acrescentou que está sendo enviada do Rio de Janeiro a estrutura para a montagem de outro hospital de campanha, equipado com centro cirúrgico, que poderá ser instalado em qualquer localidade do estado.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, precisou sair de uma entrevista coletiva para atender a um chamado de emergência, sobre um possível rompimento do dique que absorve a água do Arroio Feijó, na zona norte da capital gaúcha. Segundo ele, a região envolve cerca de 12 vilas populares.

No início da tarde desta sexta-feira, uma comporta de segurança, localizada na zona norte de Porto Alegre, se rompeu pela força da água que se acumula. Mais de 100 pessoas morreram em desastres climáticos no estado desde o ano passado.

Em uma ação conjunta do governo do Estado com a Prefeitura de Porto Alegre, as pessoas alojadas receberam alimentos, água, itens de higiene e espaço para repouso e pernoite, em uma estrutura montada no ginásio poliesportivo. Foi criada também uma área para receber os animais de estimação dos acolhidos, bem como para doação de rações.

Com informações de Agência Brasil

Wagner Sales – Editor de conteúdo

 

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